domingo, 24 de junho de 2007

Atenção!

Hipócritas mesquinhos. Superiores desmemoriados donos de verdades. Enojam-me todos. Todos.
Cansei-me da alegria vazia dos se enganam, mascaram a vida. Nestes ainda tenho esperanças. Que caiam na cova das alegrias vãns.
Dos que acreditam na arte sem vida.
Dos que sentam-se, distraem-se, criam demandas por informações inúteis.
Entristece-me ver às crianças, que buscam a todo o momento vida, serem dadas diárias doses de remédios civilizatórios.

Espanta-me! Que ainda não quis ignorar tudo, tamanha decepção, pois ainda há indignação!
Há, talvez, poucos momentos reais de vida, ordinárias ações instintivas.
Não excluem-se ação e consciência. O sofrimento que mobiliza convive com o desânimo dos “corações desiludidos”. Estes, que durante longo tempo acreditaram em soluções pacíficas.
Desiludiram-se. Era o mínimo.
Deste modo o desânimo ou provém do cansaço ou do comodismo (deste posso falar com propriedade, do outro não conheço).

Isolam-se atrás das grades da segurança, acostumados ao cheiro fétido das putrefações hedonistas. Ainda assim sentem-se ameaçados, pois duvidam de seus propósitos...
Temem a face de sua miséria. Mas já superaram o medo dos espelhos. Vêem-se, mas ignoram. Eis o treinamento mais eficaz da atualidade.
Comodamente, esperamos que todos se percam no vazio de suas vidas, matem-se por seus interesses mesquinhos. Gente fútil, cega e tola. E se esperamos, incluímo-nos.

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