segunda-feira, 7 de maio de 2007

Impressões

Uma noite pulsante. As pessoas deixam-se levar pela multidão. A flanar pelo centro.
Os cantos escuros são tão iluminados e vivos como o dia. Onde a música, a poesia e a expressão se misturam. Os desejos fundem-se.


O ser encontra o outro no caminho. Desencontram-se, despreocupam-se. Há por todos os lados protestos silenciados, ditos escancarados e, deitados, os desdenhados embriagados.

O desconhecido e o conhecido. Ambos tão únicos, igualmente tão parecidos e pobres. Arrebatados por motivos ou momentaneamente tentando desvencilhar-se deles.
No chão e no ar, o cheiro. Vertendo mais que todas as noites. O cheiro e o som nos caminhos.

No momento de fusão algo comum torna-se possível, talvez sabido. Tão fugaz quanto o momento, sucede como os breves encontros.

Meras impressões convivem com a dor latente, contínua... Expectativas de paradigmas desfeitos. Que não passam de esperança em corações desiludidos.
Estes sabem que a chamada “vida” retorna, vazia.

Os corações oprimem-se novamente.

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